Oraingoan Galizia
Aspaldi honetan nazioartera begira nago, edo hala iruditzen zait. Katalunia (behin eta birritan), txeieneak, maoriak eta oraingo honetan Galizia.
Sechu Sende lagunaren blogetik atera. Luzea da eta nik ñabardura txiki batzuk egingo nizkioke, baina oro har (beste behin ere azken aldi honetan) gure egoeraz ari dela ematen du. Zuek esango didazue ……
1.
O pesimismo nom é um bom motor de trabalho: desmotiva, entristece, paraliza e destrue mais do que motiva, dinamiza e construe.
A gente mais ou menos informada conhece desde hai anos a situaçom da
língua entre a gente nova: umha situaçom catastrófica nas cidades e
vilas, caracterizada pola perda de usos na nossa língua, com índices
proximos á extinçom como língua de uso habitual, informal nas grandes
cidades.
A realidade é mui chunga, dramática e a lista de adjectivos é tan longa
que hai gente especialista em caracteriza-la com mil calificativos
terroríficos.
Além das frias cifras e dos estudos sociolingüísticos concienzudos
sobre a situaçom da língua na gente nova, muitas das persoas que
vivimos em contacto directo com rapaces e rapazas –e suponho que case
todos e todas as persoas temos algum tipo de contacto com nen@s e
adolescentes- nom podemos deixar de emocionar-nos, preocupar-nos e ser
sensíbeis a essa crescente desgaleguizaçom.
2.
A algumha gente o contacto com realidades problemáticas e nom desejadas
produce-lhe depresom, episódios de tristeza ou estados de raiba, com
umha crescente sensaçom de impoténcia persoal. E colectiva.
Muita gente, entre a que me incluo, sentimos esses baixóns quando a
nossa filha volta do cole falando outra língua que nom é a nossa, ou
quando aparecem uns senhores dicindo que o galego está a discriminar os
falantes de lingua espanhola. Ou quando nos damos conta de que um dos
motores importantes do trabalho, o gubernamental, se mostra como um
agente irresponsável, insensível e ineficaz diante deste problema.
Como pode ser possivel que estes que se chamam governantes, só por pór
um caso, eh, só por pór um exemplo, falem de promoçom do galego quando
nem hai um programa de música na tele pública para gente nova!
Inútiles!
Vedes, já me cabreei!
3.
A situaçom, si, chegou a ser mui dura.
Porque nom esquezamos que ao fim de contas, nós –e aquí que se inclua
quem quixer- nós, digo, somos @s filh@s e net@s da gente que perdeu
umha guerra a mans do Fascismo.
Perdemos a guerra, recordades? Machacarom-nos.
E a nossa língua foi o símbolo d@s perdedores, @s assassinad@s, @s
reprimid@s, @s clandestin@s, os exiliad@s, etcétera, etcétera.
Mui triste foi isso de vir perdendo palavras desde que as Suas Altezas
os Reis Católicos começarom a Doma e Castraçom do Reino de Galiza hai
já puffff de anos.
Si. E levamos anos e anos chorando e temos direito a seguir chorando.
Mas em quanto choramos nom podemos trabalhar. Penso que é algo bastante
incompatível.
E aquí é quando devemos pór-nos séri@s e ter em conta de que sem trabalho a nossa sociedade nom pode cambiar.
4.
E esse trabalho nom pode ser só individual, persoal, senóm que debe ser um labor colectivo, comunicativo.
Quando a gente se junta a trabalhar procura um bom clima: cooperativo,
creativo, alegre, assi esteja construíndo umha estrada ou reconstruíndo
um país despois dum terremoto.
A ver se nos damos conta de que queixando-nos derrotistamente do mal que está a situaçom nom vamos amanhar nada.
Si, os índices de uso da língua entre a gente nova som os que som. Nós
sabemo-lo e, o que é mais importante, a gente nova sabe-o.
Por isso cumpre dar-se conta de que durante muitos anos aquí se
trabalhou socialmente a língua –especialmente no ensino- desde a
perspectiva do uso da língua.
E, como dixo o sábio Txepetx e adaptou Manuel Portas, o processo de
aprendizagem e uso dumha língua tem outros elementos tam importantes
como o próprio uso e entre eles está a motivaçom.
Para mim a gente que se queixa do pouco uso da língua e transmite esse
derrotismo alá onde vai pode chegar a ser mais destrutiva que a gente
contrária ao desenvolvemento social da nossa língua que combate contra
ela. Porque o derrotismo desmobiliza, desmotiva e destrue.
5.
Quem dixo isso de que Devemos ser realistas na análise da realidade e optimistas na vontade para cambiala tinha toda a razom do mundo.
Eu, desde logo, sei que para que o meu país cámbie necessitamos muito
trabalho e muita moral e bem repartida. Porque para que este país e a
nossa língua mudem temos que compartir entre milheiros e milheiros de
persoas umha responsabilidade: o caminho da língua.
Que, por certo, deve ser um caminho público, ou, melhor visto: umha rede de caminhos.
E nos caminhos da língua nom só estamos quem falamos galego sempre, tamém quem falam galego ás vezes, e quem falam castelam.
6.
Quando escrebim Made in Galiza nom tinha na cabeça os meus
colegas sociolingüistas ou profes. Em absoluto. Tinha a minha afilhada
de 7 anos que case nom fala galego, a gente de 17 de Vigo ou Ferrol, as
avoas galego-falantes que lhes falam espanhol ao neto, ou o rapaz ou
rapaza a quem se lhe passa pola cabeça que porque nom, claro que si,
vou falar galego.
E muita outra gente a quem todos conhecemos, desde os ladróns de línguas até as bonecas que falam a nossa língua.
E claro que é triste chegar a dar-se conta de que alguem escrebe um
livro para, entre outras muitas cousas, comunicar-lhes aos seus
vezinhos e vezinhas que o que nos fai valiosos como sociedade é a sua
nossa língua.
Um livro que intenta ser divertido, útil, entretido, etcétera, como qualquer outro livro.
Porque nom escreber sobre as cousas tristes com humor?
7.
Mas a energia que em muitos lugares da Galiza está a desenvolver muita
gente em favor dum processo de comunicaçom em galego é muito mais
intensa do que ás vezes podemos pensar. Penso.
Somos crític@s, rebeldes, exigentes, e, sobre todo, trabalhador@s.
Nestes momentos críticos para a nossa própría existéncia como povo… é
umha prioridade cargar-nos de energia, falarmos da língua com humor,
com seguridade e com vontade de cambiar o nosso presente, agora, e
deixar de falar do futuro como se fossemos videntes ou, pior aínda,
visionári@s.
E si, tenho a completa seguridade de que as cousas cámbiam. E de que
depende de nós e da nossa força de trabalho persoal e social a
intensidade da transformaçom.
A cuestiom nom é deter o processo de desgaleguizaçom. A clave é começar o processo social de galeguizaçom.
Alertemos, si, sobre o perigo. Mas construamos as soluçons.
Um processo que só se pode activar desde a cultura da participaçom.
Entre moit@s!
……….
Aí vai. Isto escrebi-no ás presas ao ler este exemplo de literatura
depresiva, alarmante e, por suposto, complementária, aínda que
contraditória com o discurso que botei arriba: O galego, como a sida
Botila erdi hutsik/erdi beterik, betiko kontua da azken batean, ezta? Ala patetiko/sinpatikoena?